O Reino das Lembranças Esvoaçantes

O Reino das Lembranças Esvoaçantes

Não sei o que acontecerá! Não vejo o

Passado-disse a mãe.

As memórias voavam pela janela da sala, e iam acordar o vizinho.

Mas na cabeça dela, não estavam mais.

E por onde andou, Christopher, que não me ouviu

Bater na porta pra trazer o novo mundo?

Pra onde mirava esse olhar perdido, pobre pescador?

Que mal lhe fiz, para que não me enxergasse mais?

Dizia-lhe o coração.

Perdeu no andar do tempo, tudo o que levou

Consigo a vida toda.

Repetia-lhe a mãe: Que inveja desse olhar trigueiro,

Que vive nas ruas, sozinho a vagar

Que vontade de ser um menino, olhar as estrelas, viver a sonhar!

A mãe, era a consciência.

Ele, era o tempo.

Perdeu ou encontrou uma alma que jazia no chão.

Sozinha, largada, suja...

Lembranças voavam da janela vizinha...

Acordavam o jovem,que queria voltar,

Aquele jovem que vivia a sonhar.

Thamires Heck
Enviado por Thamires Heck em 23/09/2010
Código do texto: T2514796
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