Pra você
Ela me perguntou:
Por que nunca escreveu nada pra mim?
Respondi, num breve e acanhado sorriso:
Não sei...
Sei sim
Não preciso escrever pra você, meu bem
Sou a sua própria poesia
Sua própria canção
Sua própria sombra
Queria ser, sim,
Sua e somente sua
Na rua, na sala,
Na cama.
Ser sua, apenas sua.
Não te amo, não te tenho paixão
Te tenho é submissão
Te tenho é desejo sem fim
Sejas minha espada e minha cruz
Sejas minha
Viva dentro de mim
Faça-se dentro de mim
E não saia mais
Dessa vez eu que ordeno!
[ Não te tenho amor, baby... Te tenho é desejo. ]