Quando o fogo rege a alma

Ela deseja, respira paixão,

quer sentir-se vibrante

tem fome de amor-furacão,

tem sede de gozo amante.

Lança-se às nuvens iluminadas

e ao precipício obscuro,

em frágeis asas encantadas,

ontem, agora e no futuro.

Tropeça no vácuo da solidão

e despenca no cansaço,

estatelando-se no chão,

onde chora seus pedaços.

Lágrimas morrem saudosas

nos desejos que a faz sonhar,

em rompantes de loucura gostosa,

na doce aventura de voar.

No ninho, segura a descansar,

mas, insana, por um momento,

clama pelo fogo a lhe incendiar,

seu destino, sua sina, seu tormento.

Nos olhos, a luz da alma amante,

no fogo da paixão iluminados,

aquece o corpo trêmulo de ontem

que rege os corações enamorados.

E na melodia da fantasia, dengosa,

nos braços da ilusão, abandonada,

valsa a dança da vida caprichosa,

que única, quer ser apaixonada.

Lídia Sirena Vandresen

14.07.2012

Lídia Sirena
Enviado por Lídia Sirena em 15/07/2012
Código do texto: T3779676
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