Eterno

Sem duração, contínuo, continua.

Tanta emoção, ou razão nua e crua.

Abre o caixão, uma ação que perdura.

Pois foi em vão, está vazio, há ruptura.

Escapou de lá, correu para os braços

De um doce lar, feito com lindos traços.

Não mais a velar, abandona o fracasso.

Eterno será, não mais parte do espaço.

Mais um sonho, lindo, que se partiu,

Nada estranho, nele nunca existiu.

Nada ganho, eternidade é o vazio,

então pressuponho, sou eterno e ardil.

A ilusões me apego, são minha casa agora.

A tragédias me nego, de ser autor, me revigora.

A telas me prego, fissurado ou virei história

De um pesadelo cego, tão eterno, meu canto de glória.

Thiago José
Enviado por Thiago José em 07/12/2021
Reeditado em 07/12/2021
Código do texto: T7402001
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