Menino Homem

Menino Homem

O vazio e futilidade tomaram conta de mim

e tenho vergonha da pessoa infectada que sou

Agora sou flor de plastico, morto jasmim

Que nasce dessa lama, nasce falso em dor.

Quem é este que ocupa meu lugar?

E que amanhace conformado cosigo mesmo?

Quem é esse que nem se quer ousa-se levantar,

Que padece vivo em sou proprio medo ?

...Não, não sinta...

...Não, não veja...

...Não, não ouça...

...Não, não lute...

...Apenas padeça!

Ele é insistente e autoritario e descidido,

Quase tão real quanto o corte primario

Que se sucede nas minhas (não minhas) veias.

Ele é armago, é vago e quase tão largo

Quanto o rancor apodrecido dentro de meu peito

Rancor morto que se faz meu leito

Onde outrora não havia ninguem amargo.

...Eu sou você sou o lado tragico da sua alegria...

...Sou pranto baixo e triste, como uma romaria...

...Sou a resposta muda que que so você ouve...

...Sou aquele menino meigo que perdeu seus valores...

...Sou mais de que a inercia de seu coração,

Que te impossibilita de estar vivo...

...E garanto que não sou apenas mera ilusão,

Mera imagem no espelho refletido...

Agora que vejo tua perene fronte

No reflexo úmido de minhas lagrimas,

Percebo que tu não vens tão de longe

E que eu sou e sempre fui teu carma.

Me leva contigo me dissipa no teu ar,

Se faz meu eterio e morno abrigo

Onde este pequeno homen possa descanssar.

Me recupera, me faz total em ti,

Vou te destrancar do meu coração.

Para que todo esse frio possa sair

Para nascer de novo na tua funebre canção.

Santiago Belmont
Enviado por Santiago Belmont em 01/03/2008
Código do texto: T882308