A JANELA
A JANELA
Em minha casa há uma janela
Da qual eu vejo o mundo.
A natureza
Que me encanta
A natureza
Que me espanta.
Vejo céu, vejo luar
Vejo nuvens e montanhas
- Daqui de Minas não dá p'ra ver o mar -
Ahhhhhhh
Mas dá p'ra imaginar...
Vejo a chuva cair
E também o sol raiar.
Vejo homens e mulheres
Felizes, tristes ou apáticos
Vejo crianças e velhos
Fortes, fracos, simpáticos...
Vejo casais apaixonados
Vejo semblantes apagados
Vejo coisa demais da conta
Natureza, gente e bicho.
Mas... o que vejo e mais me afronta
É homem comendo lixo!
E me dói.
E me corrói
E me destrói.
Mas... é o que vejo!
A vida que se vai
A vida que se esvai
A vida que se esprai...
Da minha janela,
No meu mundo.
Êta, sô!
É...
O meu mundo, uai!
Leopoldina, MG, 24 de janeiro de 2002.