A JANELA

A JANELA

Em minha casa há uma janela

Da qual eu vejo o mundo.

A natureza

Que me encanta

A natureza

Que me espanta.

Vejo céu, vejo luar

Vejo nuvens e montanhas

- Daqui de Minas não dá p'ra ver o mar -

Ahhhhhhh

Mas dá p'ra imaginar...

Vejo a chuva cair

E também o sol raiar.

Vejo homens e mulheres

Felizes, tristes ou apáticos

Vejo crianças e velhos

Fortes, fracos, simpáticos...

Vejo casais apaixonados

Vejo semblantes apagados

Vejo coisa demais da conta

Natureza, gente e bicho.

Mas... o que vejo e mais me afronta

É homem comendo lixo!

E me dói.

E me corrói

E me destrói.

Mas... é o que vejo!

A vida que se vai

A vida que se esvai

A vida que se esprai...

Da minha janela,

No meu mundo.

Êta, sô!

É...

O meu mundo, uai!

Leopoldina, MG, 24 de janeiro de 2002.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 07/02/2007
Código do texto: T372439