EM QUALQUER TEMPO

EM QUALQUER TEMPO

Escrevo como quem sangra

Sangro como quem ama

Amo como quem morre

Desejo conter em meus versos

A melancolia das tardes de outono

A suavidade das noites primaveris

O romantismo dos dias de inverno

Cujas noites são as mais belas

Nem sempre sou

Como as manhãs de verão

Claras e otimistas

Alegres e vitais

E nem conflituoso sempre

Como às vezes suas noites e tardes

Mas prefiro ser luz que sombra

Embora ame o mistério da noite

Valorizo o brilho do dia

E volúvel, mudo de gosto

Como muda a vida

Como muda o amor

Como muda até a dor

Que busco traduzir

E assim passionalmente

Em qualquer tempo ou momento

Sangro como quem escreve

Amo como quem sangra

Morro como quem ama!

Leopoldina, MG, 09 de agosto de 2005.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 12/02/2007
Código do texto: T378405