Dias secos, morte súbita!

O olho pisca ao peso da gota que arde

vibram os sonhos no suor carregado de dor

Fermenta a alegria de um lugar maculado

pela fome, pela sede, pelo clamor do desencanto.

A corda é lançada...

O poço acorda!

Ao sabor do dia a quente ternura

sacoleja nas rodas do pau-de-arara

e, frias, as pedras dançam e gemem

Do solo "dos cariris" a fé acorda a coragem

Dialoga com o animismo vibrante

alojado no coração daquele sertanejo.

Ao norte a corda estica os rios do sol...

a estrela se põem na secura dos leitos!

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 15/01/2013
Reeditado em 18/09/2023
Código do texto: T4086222
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