VIVOS

VIVOS

Busco entre os mortos

Aqueles que estão vivos

Ofereço-lhes flores mortas

E chamas burocráticas

Esforço-me pela lembrança

Sincera, mas convencional

Reflito que a melhor forma

De honrá-los com dignidade e amor

É acender luzes na consciência

Que tal oferecer-lhes num jardim

As flores vivas, na natureza?

A chama viva do eterno respeito

Que sai com força do peito

Da gratidão clara e límpida

Da admiração e da pureza?

Não daria a eles enfim

Ao reconhecê-los vivos assim

Eu que os cultuava mortos

Maior alegria e nobreza?

Leopoldina, MG, 02 de novembro de 2001.

"GRATIAM TUAM, QUOE SUMUS, DOMINE, MENTIBUS NOSTRIS INFUNDE, UT QUI ANGELO NUNTIANTE CHRISTI FILII TUI INCARNATIONEM COGNOVIMUS, PER PASSIONEM E JUS ET CRUCEM AD RESSURRECTIONIS GLORIAM PERDUCAMUR. PER EUMDEM CHRISTUM DOMINUM NOSTRUM, AMÉM!"

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 19/03/2007
Código do texto: T418073