VIVOS
VIVOS
Busco entre os mortos
Aqueles que estão vivos
Ofereço-lhes flores mortas
E chamas burocráticas
Esforço-me pela lembrança
Sincera, mas convencional
Reflito que a melhor forma
De honrá-los com dignidade e amor
É acender luzes na consciência
Que tal oferecer-lhes num jardim
As flores vivas, na natureza?
A chama viva do eterno respeito
Que sai com força do peito
Da gratidão clara e límpida
Da admiração e da pureza?
Não daria a eles enfim
Ao reconhecê-los vivos assim
Eu que os cultuava mortos
Maior alegria e nobreza?
Leopoldina, MG, 02 de novembro de 2001.
"GRATIAM TUAM, QUOE SUMUS, DOMINE, MENTIBUS NOSTRIS INFUNDE, UT QUI ANGELO NUNTIANTE CHRISTI FILII TUI INCARNATIONEM COGNOVIMUS, PER PASSIONEM E JUS ET CRUCEM AD RESSURRECTIONIS GLORIAM PERDUCAMUR. PER EUMDEM CHRISTUM DOMINUM NOSTRUM, AMÉM!"