“Navegando Sob o Breu”

"...A Poesia esta para o poeta, como o céu para o condor.

O poeta pode nem sempre ser sincero, mas seus versos podem ser mais profundos e honestos que suas intenções.

A linguagem popular não ofusca o brilho do seu poetar.

Enganam-se os que de forma pretensa acreditam que ter um texto intelectualmente complexo, transforma-o em sublime.

Frases de efeito pode até causar impacto, nada mais.

A poesia tem que ser sutil em seu apresentar e em seu objetivo, voraz.

Pois no momento da sua criação o ser poeta é subjetivo.

Ele apenas o condutor de um bonde que vem de estações distantes, trazendo sentimentos e energias do cosmo.

O rebuscar das palavras vem da pratica, da sintonia com estas energias.

Em algum momento pode-se até achar que o poeta sabe o que diz.

Na verdade ele nada sabe, aprende na hora é um eterno aprendiz.

A mão que escreve é o leme desta Nau que é a inspiração.

Que transforma a Bela Musa em poema ou canção.

O fato é que o poeta não escreve tudo às claras, pois enxerga na escuridão..."

(“Navegando Sob o Breu”, by Carlos Ventura)