Ai de mim, mídia.

Ai de mim, mídia.

As revistas pisca-piscas,

e suas ridículas entrevistas,

notícias de sensacionalistas jornais,

me fazem aumentar as listas

De meus sonhos banais.

Marcas que vão e voam em vespeiro,

Sinais de desespero,

Museus de imagens,

flash de bobagens,

Um encanto louco,o fetiche solto,

produzem cordas de logomarcas

dispostas em alto-mar.

Que afogam um incauto ,

e fazem um outro se enforcar.

Mídia, a tua prosa não convence

são falsos versos num anverso,

um reverso.

Olha, eu lamento,

mas não há “jeitinho” de ser

Mito e gente ao mesmo tempo.

Mídia de insídia,

Pare com perfídia.

Teu negócio, ninguém mais se engana,

um olhar ganancioso na grana.

Chega dessa de desce-redondo,

Na mídia em trânsito, um idiota faz estrondo !

Símbolos de poder,sonhos refrigerantes,

marcas de pneu, cabelos deslizantes.

Creme dental sideral, celular interestelar

Ihhhh...! Mau sinal no ar.

Tudo isso brigas e disputas acarreta,

nada disso nos completa.

Sai de mim, mídia !

A televisão deturpa minha visão,

baixa concentração.

No outdoor.. ..Ah, tenha dó !

É a festa das cuecas, calcinhas,

e de pechas.

Um turbilhão de informações,

E atenção: o próximo big brother a cair... ...,

mexem tanto com minhas emoções,

que dá vontade de dormir.

Ai de mim, mídia ! De trás prá frente ou

de baixo para cima, vais borrifando cegamente.

A mesma coisa nada sempre se sente.

Basta, mídia, faça algo diferente !

Aidimmimídia,

Saidimmimídias !