Pobre vive de ilusão...
Minha poesia é marginal!
É o meu grito de alerta!
Minha fala é no plural!
Leiam esta carta aberta:
Somos a maioria de negros e pobres!
Para alguns escória da sociedade!
Brancos, ricos, famosos e nobres
Sorriem de felicidades;
Somos sempre os excluídos!
Sem acesso a educação;
E muito mal instruídos;
Esquecidos da nação!
Somos pretos, pobres, e favelados!
Sem a mínima condição!
Muitas vezes flagelados
Sofrendo igual a um cão;
Mas quando chega a eleição
Políticos fingem ajudar;
Tudo então é emoção!
Esperando algo mudar;
Mas mudar, não muda não!
É sempre a mesma história!
Somos sempre a escória!
Pobre vive de ilusão.