Cale-se ...

... Cálice...

desencantada e ferida

por entre espinhos mortais

busca forças ... sem saida

mão estendida em suplica

reclama tantos ais...

caida em via cruces sem sinais

arrebata resquicios de luz

bebe no cálice... silencio

nenhum verso veste

sentimentos desiguais.

Despe-se em aura matinal

queda-se encantos profanos

sonha...apenas sonho...

sem verdades

soluça o que se foi

do passado virginal

pranteia brisas imortais

levanta desfalecido ego

que, abrupto, imerge ao sono

de nada mais se serve

apenas deita-se

volta ao pó donde nascera. Magia? Não mais !

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 11/07/2010
Código do texto: T2371113
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