POPULAÇÃO REFÉM
Há um país assustado
Há uma população refém
Há uma segurança que amedronta.
Há de se fazer uma escolha:
Ou se vive atrás das grades
Para ser um vivo-morto
Ou se submete aos riscos necessários
A uma liberdade inexistente.
Há uma cidade assustadora
Na qual não há segurança.
Aliás, há segurança insegura
Que traz deseperança.
Há um povo que vegeta
Que trabalha, mas sofre
Há um povo que é refém
Da própria liberdade.
Poema escrito em 15/04/1999.
Livro "Segredos da Solidão", pág. 61.