POPULAÇÃO REFÉM

Há um país assustado

Há uma população refém

Há uma segurança que amedronta.

Há de se fazer uma escolha:

Ou se vive atrás das grades

Para ser um vivo-morto

Ou se submete aos riscos necessários

A uma liberdade inexistente.

Há uma cidade assustadora

Na qual não há segurança.

Aliás, há segurança insegura

Que traz deseperança.

Há um povo que vegeta

Que trabalha, mas sofre

Há um povo que é refém

Da própria liberdade.

Poema escrito em 15/04/1999.

Livro "Segredos da Solidão", pág. 61.

GENERINO GABRIEL
Enviado por GENERINO GABRIEL em 26/11/2006
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T301966
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