Deitada a beira da pedra gelada

A beira da pedra gelada, deitada

Vestida apenas de anágua

Olhos acesos, como lamparinas

Velando a dor que a aniquila

Encolhendo-se em seu centro

Precisando da saudade

Dor na pele já não há mais

Só a alma que aos poucos se desfaz

Deitada a beira da pedra gelada

Do corpo já esquiva o calor

Em repouso o mundo deixou

Distanciando de si definhou.

Enide Santos 04/12/15

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 04/12/2015
Código do texto: T5469466
Classificação de conteúdo: seguro