ALVORECER

ALVORECER LEOPOLDINENSE

Caminho pela madrugada invernal...

Viro a esquina e me deparo

Com o dia clareando, fenomenal

Por trás dos morros do Desengano.

De repente, ando sobre algo macio...

Olho e me vejo pisando sobre um tapete

Formado pelas pétalas amarelas

Das flores de um Ipê (Grupo Novo).

Inebrio-me e me emociono.

É um privilégio...

Levanto os olhos e vejo a rua (da Grama)

Não há carros, não há gente, está nua

Como um rio de paralelepípedos

Com suas margens

Pelos oitis geometricamente podados

Marcadas pelos dois lados.

Vista aqui do alto, é uma bela paisagem...

Aí, surgem magníficos

Os primeiros raios de sol

Doirando as cores do inverno.

E a cidade, tranqüila, desperta.

É...

Assim, mesmo sem querer

Qualquer um pode ser poeta!

Leopoldina, MG.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 20/02/2007
Reeditado em 08/09/2008
Código do texto: T387194