UM NOVO AMOR

Se a saudade, uma vez fizer morada

Em seu pujante e ardente coração,

Não se amue e nem fique desolada,

Pois a saudade é ingrata e sem razão.

Chega um momento que ela vai-se embora

Da mesma forma indócil que chegou.

Vai silenciosa pelo mundo afora

Atrás de outra alma que também amou.

Espere sem sofrer, sem ansiedade;

O tempo é inexorável, continua

E cura os ais nefastos da saudade

Tão irreal como o dragão da lua.

Quem já sentiu saudade me contou

Que ela termina sem deixar rancor,

Somente bem depois que se encontrou,

Em alegria e paz... Um novo amor!

Lucan
Enviado por Lucan em 16/10/2008
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T1232168