“Ser”
“...Todos somos insanos neste "Lucido" mundo.
Os mentalmente “Normais” estão no universo paralelo entre o EU e o Você.
Que me Lê.
Mundos que ocupam sentimentos e espaços iguais,
Espaços mortais.
Lugar-comum.
Sem medo algum.
Manter-se Mundo,
Num “Lúcido” Universo é como se equilibrar na corda bamba.
É como fechar os olhos quando se anda ao atravessar uma movimentada avenida.
Insanos são os “Lúcidos” que não se dão o direito de sonhar e caminhar de olhos fechados.
Sentir o coração do outro quando abraçado,
Visualizar o belo entre o paralelo 40 e o Trópico de Câncer.
O Utópico e mágico querer.
O Fazer.
O ser do Não Ser.
Seguir um rumo,
Traçar destino.
Só aos “Lúcidos” se é dado o duvidar,
Aos Insanos, o Sonhar.
Mergulho em seu ansioso olhar,
Mar de profundos mistérios,
Onde seus mundos se misturam.
Afogo-me ante a incerteza da natureza humana,
Bela e estranha.
Labirinto de verdades escoradas por Lúcidas mentiras,
Ambiente mas que latente onde fervilham duvidas e quereres.
Em que prazeres e volúpias são brisas,
Que circulam pelas sombras do coqueiral da ilha que somos nós.
Num Lúcido universo em que o ser “Normal” gira em torno do Sol ser.
Morada das vaidades.
Seu ser Sol é tão radiante que ofusca a sua "Insana" visão,
De ver as verdadeiras coisas e seres que habitam seu Coração...”
(“Ser”, by Carlos Venttura)