O texto e eu
Num viajar sem barreiras,
em que o tempo e o lugar são secundários,
Caminho sem passos,
percorro o mundo sem sair do lugar.
Numa cadeira de balanço
ou numa rede preguiçosa,
Envolvo-me em duvidas,
entre o ser e o estar.
Penetrar na intimidade das letras,
é desbravar sem machado
os segredos mais recônditos de cada uma delas.
Escutar no silêncio calado
o prazer que ali reside.
Mergulhar no silêncio das letras
é respeitar a outra face imensurável da leitura,
É ler sem entender sentindo,
É viver o invisível e ter no abstratismo o impossível.
É ser não sendo nada
e no nada ser tudo,
É absorver o infalível sem palavras.
É extasiar-se em gargalhadas sem parceria,
Se não o arrepio que nos invade a alma
E todo texto não é ninguém que não eu mesma.
Texto publicado no anuário de 2008 da “ACADEMIA DE LETRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO” (ACLERJ).
Num viajar sem barreiras,
em que o tempo e o lugar são secundários,
Caminho sem passos,
percorro o mundo sem sair do lugar.
Numa cadeira de balanço
ou numa rede preguiçosa,
Envolvo-me em duvidas,
entre o ser e o estar.
Penetrar na intimidade das letras,
é desbravar sem machado
os segredos mais recônditos de cada uma delas.
Escutar no silêncio calado
o prazer que ali reside.
Mergulhar no silêncio das letras
é respeitar a outra face imensurável da leitura,
É ler sem entender sentindo,
É viver o invisível e ter no abstratismo o impossível.
É ser não sendo nada
e no nada ser tudo,
É absorver o infalível sem palavras.
É extasiar-se em gargalhadas sem parceria,
Se não o arrepio que nos invade a alma
E todo texto não é ninguém que não eu mesma.
Texto publicado no anuário de 2008 da “ACADEMIA DE LETRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO” (ACLERJ).