Ode aos Versos
Suspiros, longos suspiros
De olhares tristes, livres e maculados
Inundados de lágrimas com todas as lástimas
Do por vim,que enfim nunca terá um sim
Contemplações, emoções juvenis de paixões em vão
Canções sutis de neblinas vaporosas, vagarosas
Deslizantes nuvens de cortejos
Vacilantes, corações palpitantes de sonhadores
Com todas as dores e os amores vagam com temores
Em desespero de noites insones
Incertezas como todas as tristezas, impurezas
A carregar o mundo nos ombros, tantos assombros
Tolos aqueles que sonham, acreditas?
Em tantas idas e voltas, portas fechadas
Mãos atadas, suplicantes até irritantes
Mas seguem ébrios em sorrisos com braços abertos
Mesmo por caminhos tétricos, proféticos
Os passos descobertos seguem constantes,petulantes
Infantis em refazer, trazer
O que foi perdido e escondidos pelas eras
Da razão acolhido, a emoção ainda agitam os caminhos
Mesmo sozinhos nunca deixam de tentar, buscar
Nas lembranças as esperanças, inúmeras mudanças
E as mesmas andanças sempre serão virginais, atemporais
Originais em quedas ou em triunfos são nossos refúgios
Interlúdios para os poetas cantarem e encantarem em mistérios.