Noites de Inverno

Nessas noites de inverno, nas noites vazias

E tristes - tão vazias e tristes! - de inverno,

Frente à luz conspurcada de um mundo moderno,

As estrelas se perdem e a lua se esfria.

Não há o fogo da vida, nem o gelo da morte.

Não se fia em si mesmo e descrê-se o consorte.

A morada ctônia é o resumo do inferno.

E o presente, na esquina do tempo, é moderno.

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 25/01/2007
Código do texto: T358833