Esquecido
Esquecido sempre ao amanhecer
Soprou um vento estranho
E em instantes grisalho ficou
Passos em ponteiros dum relógio quebrado
De encontro ao muro em branco
Trilhas de segredos e tristezas
Um horizonte afogado de águas profundas
Transpassou um sorriso abissal
Um olhar indiferente que projetou
Transmuta mágoas em mórficas miragens
Sedado de delírios o tempo não mais existia
Reina agora sob a própria solidão
Num trono erguido de esquecimento
Sem coroa e cego que venceu a si mesmo......