Esquecido

Esquecido sempre ao amanhecer

Soprou um vento estranho

E em instantes grisalho ficou

Passos em ponteiros dum relógio quebrado

De encontro ao muro em branco

Trilhas de segredos e tristezas

Um horizonte afogado de águas profundas

Transpassou um sorriso abissal

Um olhar indiferente que projetou

Transmuta mágoas em mórficas miragens

Sedado de delírios o tempo não mais existia

Reina agora sob a própria solidão

Num trono erguido de esquecimento

Sem coroa e cego que venceu a si mesmo......

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 03/05/2014
Código do texto: T4792587
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