Do coração da poesia

É do coração da poesia

Que ouço os mais belos gritos.

E dos seus segredos

Colho pequenos viscos.

Há um oásis no tempo

Em que o verso se cria

E desta fonte de redenção

Despe-se o sentir da emoção

Toma-me, ó dor de poesia,

Inflama-me o corpo

Revista-o,

Soterra-o de amor.

Debulha este meu sofrer

Deixe-me em teus braços enternecer.

Doa-me seus rios

Infeste em mim seus brios

Empresta-me a tua cor

O teu semblante

O teu olor.

Resgata-me desta ilha

Regozija o meu falar

Apure o meu paladar.

Deixe o teu coração, ó poesia!

Com o meu orar.

Enide Santos 04/01/15

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 04/01/2015
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