A TOLICE DA VELHICE:

Dizem os mais bobos, meu filho, que a velhice,

É uma riqueza real. Ora! Se assim o fosse!

Pois que não querem os tais, envelhecer é fato.

E buscam com afinco, regar dia a dia a “Plebeia jovialidade”,

A velhice, meu filho, é uma grandíssima tolice,

Esta sim, nos serve de empecilhos... Se eu assim pudesse

Não ouviria dos mais moços a fantasia do querer crescer...

Não vês? Eu não queria tê-la ao me olhar ao espelho

Não vês? Filho meu, que deveria eu, castra-la,

Quando embaça-me os olhos a não ver tua cútis

Diminuindo-me o som de tua voz,

E deixando o som das canções, perecer fraco,

Não percebes dileto filho? Depois de velhos

Tornamo-nos invisíveis ante o olhar da juventude

Em sua hipocrisia de amar a terceira idade.

Destarte, veja, porém meu filho,

Tudo isso me faz lembrar-te,

Aproveita em tempo tua mocidade

Após, serão tempos nebulosos e sombrios,

Aonde os mais fortes dos homens se curva

Diante da velhice a segregar sua força.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 27/03/2015
Reeditado em 13/12/2020
Código do texto: T5185557
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