AMOR PLATÔNICO:
Teu coração um misero sarcástico
Hoje deixa-nos acrobáticas saudades
Como clown de grandes divindades
Que viveu a tristeza dos palhaços
Contidas nos sorrisos e abraços
De quem viu em sua expressão amena
A angustia de um artista sem a cena
Do amor, que causou-lhe embaraços.
Sei, aquele coração triste, sem siso,
Não seria contemplado com o riso
Do amor que sonhou ter seu abraço
Remoendo-lhe a insensatez do tino
De seus sonhos de Badiva e de menino
Viajando em seus derradeiros passos.