NATAL: ALTRUÍSMO ANUAL:

Nesta noite de natal,

Eu sai por três vezes às ruas...

O que eu queria!?

Era apenas encontrar o precursor desta noite,

E em todas as casas que percorri

As portas estavam fechadas, havia sim, um clima de festa

O som que se ouvia era festivo.

Mesas fartas, músicas comerciais, deleites e, recordações.

Em um ímpeto de curiosidade,

Fixei meu olhar às frestas daquelas portas,

E em nenhuma delas vislumbrei o aniversariante.

Sai um pouco desolado, me recolhi e, fiquei a mi perguntar!

Por que tanta euforia, se todo dia é dia de natal?

E todos os dias ele nasce em todo o universo!

Mais tarde, o sol ainda não chagara, e o som já se propagava mais forte.

Pela quarta vez, eu deixava o sono ainda não dormido,

E o encontrei, o Arauto, cansado, mal cheiroso, e não parecia ter nascido naquele dia!

Todos já embriagados em sua própria festa não o reconheceram,

E fecharam-lhe as portas.

Ao romper da aurora, caia a ribalta, as portas se abriam para um novo dia.

Não era mais natal... E ele ali inerte ao solo, onde descansava invisível aos olhos de seus anfitriões. Sem cheiro, sem alento, sem recordações!

Não era mais natal. Não era mais natal. Não era mais natal...

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 25/12/2015
Reeditado em 25/12/2015
Código do texto: T5490747
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