LÁGRIMAS NEGRAS

Escuridão do meu bairro,

que leva mais tempo a passar;

é aguçada como espada a traspassar

a alma regada com flores de barro;

Regada no íntimo da saudade,

que eu me recuso a sentir

quando sei que guardam no porvir

os encontros que poluem a cidade…

Nas ruas abandonadas jaz esperança

e aos olhos da escuridão morre,

morre o passo que pela noite corre

cantando a única lembrança!

Palavras andam pelas estradas

onde choro também solitário!

e lágrimas são páginas dum diário,

com veias ensanguentadas…

Poeta N’kazevy, 27/05/2016.

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 27/05/2016
Reeditado em 14/07/2016
Código do texto: T5648793
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