Insônia

Insônia...

Eu já não grito mais com ruídos

Já não faço mais questão de cuidar nem do meu umbigo.

Já estou perdido neste mundo de imensidão

Sou um corpo sem alma prestes a incineração

Não viajo mais em minhas memorias

Estou farto de tudo que dizem os que dão esmolas

Sou um ponto sem ter um final

Tenho em mim a razão de se fazer o temporal

Não olho mais a dimensão das feridas

Estou pouco me importando se não cicatrizam

Sou aquele medo que habita um olhar

Sou a flecha escolhida pronta a perfurar

Sou a noite de que quem em sonhos revira o luar

Sou a duvida do tempo ferindo o lembrar

Sou o peso do abismo impedido de voar

Eu sou a estrada de quem quer se encontrar.

Sou o que o tempo proporciona

Bem vindo ao meu momento de insônia!

Enide Santos 13.07.17

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 13/07/2017
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