PATRIARCAL
Este poema nasce quando morre a primavera
Os verdes de nossas matas em bulício asfixia
O último quimérico homem ao porvir ainda espera
Curumins cheios de amores findam-se aos findos dias
Neste jardim de suas palmeiras incandescentes
Findam-se os sonhos franzinos das Marias dos João
Vertem em sangue os rios à alma dos inocentes
Que amor se traz à alma desta pátria negação?
Não sei se sou bom ou mal, se vivo ou morto
Se desejo ou renego, se desato ou fico
Na presença do bem ou do mal
Homens comendo homens como sendo canibais
De que sorte assim se faz?
Se nem ao bronco machado poucos sonhos se perfaz.