PATRIARCAL

Este poema nasce quando morre a primavera

Os verdes de nossas matas em bulício asfixia

O último quimérico homem ao porvir ainda espera

Curumins cheios de amores findam-se aos findos dias

Neste jardim de suas palmeiras incandescentes

Findam-se os sonhos franzinos das Marias dos João

Vertem em sangue os rios à alma dos inocentes

Que amor se traz à alma desta pátria negação?

Não sei se sou bom ou mal, se vivo ou morto

Se desejo ou renego, se desato ou fico

Na presença do bem ou do mal

Homens comendo homens como sendo canibais

De que sorte assim se faz?

Se nem ao bronco machado poucos sonhos se perfaz.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 14/09/2021
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