O VENTO DO TEMPO

Havia ao fundo do meu quintal

Um lago de águas brandas e cintilante

Aonde nos meus sonhos de infante

Sob as plumas das aves de cristal

Erguiam-se meus castelos de ilusões

Que hoje são choupanas sem alento

Fazendo-me viajar de volta ao tempo

E ninar com mamãe suas canções

Hoje o palor de suas águas me ofusca

Tuas plumas ao infinito se perfaz

Seu cristal a beleza lhe refuta

Contudo, meu coração ao seu ausculta

O meu sonho de rever-lhe se refaz

Ao lembrar-te em meus primeiros madrigais.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 14/09/2021
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