ALUCINAÇÃO

Neste poema existe um sonho livre

Que você pautou para não sonhar

Um rio tisgo, um corpo morto a céu abeto.

Um cântico surdo, reprimido, que não quer calar

Existe um verso aberto, calado ao fundo

A cor da dor em cama escura

E, quase aberta, uma veia ao novo mundo

Neste poema existe à noite, o silêncio,

A voz do sonho reflete o dia.

Faz lembrar-te, destarte, agonia e cansaço.

Do teu corpo a dormir em pedra fria.

Existe o grito de teus pares que ecoa atrás dos muros

Existe a cólera, o riso daqueles que resistem.

Nesses versos nobres a espera do futuro.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 17/09/2021
Reeditado em 17/09/2021
Código do texto: T7344063
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