AO SAUDOSO CHAPÉU

O velho e querido chapéu de massa

De cor parda, azulada, preta ou branca

Que já foi um exímio galã de praça

Hoje sofre obsoleto e sem ter banca

Que outrora bem vestia-se de elegância

Foi pierrô, mestre-sala foi sambista

Contudo só lhe resta a esperança

De poder brilhar de volta as pistas

Vive hoje num cabide empoeirado

Lamentando sua injusta comuta

Em boné, touca ou óculos enviseirado

Quem não sente saudade do garboso

Servidor da calvície ou elegante

Não viveu tempos áureos auspiciosos.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 27/10/2021
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