O amor tem raízes profundas

Que envolvem a alma num abraço

Que instila o mais doce despertar.

 

O amor é feito de perguntas e silêncios

Que se por vezes são alegres

Também nos fazem desesperar.

 

O amor é uma longa estrada de olhos

Olhos que nos fitam sem enxergar.

É uma curva qualquer do caminho

Que nem sempre nos leva ao mar.

 

Amor, que fere o peito e a mente

Pois logo que chega pronto se vai...

Amor que reduz o inteligente

Ao tolo que tropeça e cai.

 

Ah! Amor, perdoa este teu brinquedo

E consentes sonhar que sou feliz...

Amor, mantenha em mim o desejo

De sempre amar enquanto existir.

 

* Poema escrito em 1978

 

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