FELICIDADE
- Apenas um cercadinho triangular, sabiás branquinhos e retilíneos.
De longe se avista dois altos coqueiros, três frondosos cajueiros e algumas poucas mangueiras bem carregadinhas. Seus pés de jerimum descem ladeira abaixo como se o riacho perene e seus barquinhos de gazeta a dançar...
Ao centro, bem no centrinho, entre a roseira e o mussambê, uma Singela casinha de sapê azul celestial. Tão azulzinha que chega a doer os olhos ao mirar. Os campos esverdeados que circundam pelas montanhas servem de adorno à vida campesina em dias de chuva e trovoada, em que o cãozinho rouxinol sob a figueira acuado, encolhe-se ao som dos trovões.
Os sonhos franzinos, campesinos, escorre com as fendas do corisco para os céus anunciar...
- Na madeira talhada veem-se os sonhos do lugar.
- Na beleza sútil da negra menina, sonho de tear.
- Que se finda nas sovinas madonas do Rodat.
A felicidade não tem, não convém! Existe para além.
Nicola Vital