O HOMEM DO MAR

O indolente navegante que veleja Além-Mar – Sol a pino

Nutre-se no vazio do tempo insolente e fugaz dos mares tênues

Sob o vento a seduzir as flâmulas.

Que aportam órfãs mães por seus amores

E suas viúvas a sonhar em solitários portos

Sobre o tremular das águas no sal de sua íris

Ah, insensato homem do mar!

Você só tem as águas salgadas do mar e o vento!

Que emana os eflúvios dos corpos sedentos daquelas que perecem solitárias

Aos portos incólumes destes mares glaucos.

Nicola Vital

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 26/12/2021
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