Inutil Beleza

Preso pelo veneno que há no espelho

Observo a futilidade de meu olhar

Vendo isso, posso dizer que tenho medo

De não ser mais eu, de banal me tornar

Há fendas Fundas nesse espelho

Nas quais passo o dedo sem me sangrar

E A través delas vejo meu olhar, puro gelo.

E desprezo a mim e o que acabo de me tornar

Dexo que as podre linhas da estética

Selmem sem relutância minha morta boca

Descartarem minhas própias idéias

E minha vontade tonarem inssossa

Eis aqui minha bela inutil beleza

Teu modeldo triste de osso e só

Teu modelo remoto, que ja não tem certezas

Que vive por ti, sem isso vira pó

Eis aqui em minha magreza presente

Teu soldado de corpo rosto e tecido

Teu boneco apatico de alma aparente

Que diate de ti só se dá por vencido

Eis aqui nesse espelho quebrado

A solidao vivida pelo culto a ti

A amo próprio que a mim tenho negado

A felicidade ja morta, não volto a fruir

E envolto por minha louca obseção

Vejo morrer comigo todos meus sonhos

Vejo se tornar decrepta e ilusão

Aquela de esprerança que em mim escondo

Deixo ser aqui minha falsa lapide

Para esse falso e vazio corpo

QUe recorreu af utilidade como encaixe

Nesse mundo que já dá-se por morto.

Santiago Belmont
Enviado por Santiago Belmont em 20/01/2008
Código do texto: T824725