Inutil Beleza
Preso pelo veneno que há no espelho
Observo a futilidade de meu olhar
Vendo isso, posso dizer que tenho medo
De não ser mais eu, de banal me tornar
Há fendas Fundas nesse espelho
Nas quais passo o dedo sem me sangrar
E A través delas vejo meu olhar, puro gelo.
E desprezo a mim e o que acabo de me tornar
Dexo que as podre linhas da estética
Selmem sem relutância minha morta boca
Descartarem minhas própias idéias
E minha vontade tonarem inssossa
Eis aqui minha bela inutil beleza
Teu modeldo triste de osso e só
Teu modelo remoto, que ja não tem certezas
Que vive por ti, sem isso vira pó
Eis aqui em minha magreza presente
Teu soldado de corpo rosto e tecido
Teu boneco apatico de alma aparente
Que diate de ti só se dá por vencido
Eis aqui nesse espelho quebrado
A solidao vivida pelo culto a ti
A amo próprio que a mim tenho negado
A felicidade ja morta, não volto a fruir
E envolto por minha louca obseção
Vejo morrer comigo todos meus sonhos
Vejo se tornar decrepta e ilusão
Aquela de esprerança que em mim escondo
Deixo ser aqui minha falsa lapide
Para esse falso e vazio corpo
QUe recorreu af utilidade como encaixe
Nesse mundo que já dá-se por morto.