O cravo e a rosa
“O cravo brigou com a rosa...”
Durante dias e noites.
Ele a fez sofrer como o diabo
E quis pregá-la numa cruz
“...debaixo de uma sacada...”
E ante a mesma ele preferiu palavras
Que feriram o seu orgulho
E a fizeram chorar lagrimas por redenção
“...o cravo saio ferido...”
Pois apesar de tudo que acontecera
Ainda restava um pouco do amor
Que dedicou aqueles doces lábios infiéis
“...e a rosa despetalada.”
Já não a restava o seu orgulho
E nem um resquício de dignidade
A única coisa que desejara? Misericórdia!
“O cravo ficou doente...”
Louco!? Sim, ele estava ficando
E toda aquela dor já não suportava
A esperança de uma vida sumira
“...e a rosa foi visitar...”
Sentia-se culpada por tudo
E aquilo apodrecera seu coração,
Era hora de lutar por o que perdeu
“...o cravo teve um desmaio...”
- Viver por que? A angustia o sufocara
E já não se importava com todos os flashes e luzes
E nem queria mais seu coração a bater
“...e a rosa pos se a chorar.”
Já não adiantava pedir desculpa
Ou sequer costurar as feridas
Agora só restara a lembrança