Solfejo Cerradense

Eu me farto com o marolo

E com a castanha do indaiá

O angu é o meu bolo

Bebo o mel do arapuá

No rego pesco o lambarí

Caço a ave que preciso

Minha terra é esta aqui

Aqui é meu paraiso.

Estão cortando meu cerrado

Transformando em carvão

Assim sou muito afetado

Fico sem minha Provisão

Sou caipira e atrasado

Sem poder de decisão

Meu protesto é abafado

Pela prata do grandão