Gota de Orvalho
Rolando do infinito imenso,
Brilhante e transparente,
Vem a gotícula suave
Pousar nas pétalas aveludadas
E coloridas brilhando ao luar.
E ao raiar do dia,
A relva está prateada
E as flores têm um rubor cintilante.
A gota de orvalho adormecida,
Desperta na aurora radiante,
Sentindo a brisa leve
Tocar-lhe as faces.
Ela tremula...
Enquanto as borboletas multicores
Pousam suaves ao seu lado, nas flores.
Ela escorrega das pétalas
E cai no vazio,
Uma queda rápida
E se vê entre uma imensidão de relvas,
Tão verdes, tão cheias de amor!
Sente o calor do sol
Sobre o seu corpinho transparente,
Fita o céu azul e sente saudade de seu lar.
Olha em torno, sorri e fica a ouvir
O canto romântico dos pássaros.
Seu coraçãozinho vibra,
Seus lábios sorriem,
Fita as flores...
E as acaricia com seu passear leve e suave.
Sente a manhã radiosa
E o sol sobre as flores,
Tornando-as mais belas.
Olha o infinito, sentindo o sol
Aquecer-lhe lentamente
E aos poucos vai se sentindo leve...
E cada vez mais transparente...
E sobe...
Sobe suavemente em direção ao seu lar.
Olha agora as flores
E vê apenas pontos coloridos entre o chão verde.
Depois fecha os olhos
E adormece...
Para despertar na próxima madrugada de luar.