Gota de Orvalho

Rolando do infinito imenso,

Brilhante e transparente,

Vem a gotícula suave

Pousar nas pétalas aveludadas

E coloridas brilhando ao luar.

E ao raiar do dia,

A relva está prateada

E as flores têm um rubor cintilante.

A gota de orvalho adormecida,

Desperta na aurora radiante,

Sentindo a brisa leve

Tocar-lhe as faces.

Ela tremula...

Enquanto as borboletas multicores

Pousam suaves ao seu lado, nas flores.

Ela escorrega das pétalas

E cai no vazio,

Uma queda rápida

E se vê entre uma imensidão de relvas,

Tão verdes, tão cheias de amor!

Sente o calor do sol

Sobre o seu corpinho transparente,

Fita o céu azul e sente saudade de seu lar.

Olha em torno, sorri e fica a ouvir

O canto romântico dos pássaros.

Seu coraçãozinho vibra,

Seus lábios sorriem,

Fita as flores...

E as acaricia com seu passear leve e suave.

Sente a manhã radiosa

E o sol sobre as flores,

Tornando-as mais belas.

Olha o infinito, sentindo o sol

Aquecer-lhe lentamente

E aos poucos vai se sentindo leve...

E cada vez mais transparente...

E sobe...

Sobe suavemente em direção ao seu lar.

Olha agora as flores

E vê apenas pontos coloridos entre o chão verde.

Depois fecha os olhos

E adormece...

Para despertar na próxima madrugada de luar.

Arádia Raymon
Enviado por Arádia Raymon em 19/01/2008
Reeditado em 28/01/2008
Código do texto: T824576
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