A FLOR NA JANELA






Estou certo
que além da janela
o mundo se embaça
e tudo se embaraça

mas não quero
pensar agora em pulmões cegos
olhos sem óculos – apenas ver o ósculo
do casal amante
a alegria contagiante
do mensageiro ao entregar as flores
discretas e perfumadas
o amor no trânsito
do quarto as salas

quero ver
o fósforo acender o fogão
a poesia indiscutivelmente
a se expelir da mão

ouvir a musica
polifônica despertar
a emoção

o amor
nascer em cada
coração







                   


                   


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2849035
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