POETA (XI)

Fosse eu um poeta extraordinário

Já teria saído pelado e pulando

Teria eu imposto a todos glossário

Dos meus cantares aí poetando.

Ah, sim! Fosse um poeta de verdade

(a própria verdade); teria de fato

Identidade e certidão à insanidade

Poeta legítimo, de sangue, nato!

Fosse louco, excêntrico, ou só

Um simples e modesto escritor

Na sua simplicidade de dar dó

Barba por fazer , num bar, a compor

Com uma rosa na lapela do paletó

Teria o mundo a encher de amor.

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 15/12/2011
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