EIS-ME AQUI NA SOMBRA DA VIDEIRA




Eis-me aqui,
na sombra da videira,
distendo-me em castiçais:
as mãos de vinhateiro
os quasares e suas texturas
os telefonemas e gole a gole o cálice.

Pressinto águas claras
e Oasis de poesias nos poros.

Nas folhas do cotidiano,
a mística araponguinha
rouba-me essências.

Busco palavras líquidas
como canção de peregrino que sou.

Entrego-me às veias da paixão,
depois, combino-as com
réstias do verbo íntimo,
afinal estou vivo
e o amor é visível em fogo
e está em toda parte,
onde começa o interminável


 


Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Eis-me aqui na sombra da videira


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 13/08/2014
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T4921423
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