ODE À AMIZADE
ODE À AMIZADE
Sou de um amor diferente
Dócil escravo, fácil presa
Um sentimento consciente
De muito valor e nobreza
Não permite preconceitos
Não envolve distinções
Mulheres e homens aceitos
Defeitos, virtudes, razões
Há, do ancião à criança
Neste modo de amar, profundo
Muita lição e esperança
De melhorar nosso mundo
Tem este amor a decência
De acatar, com harmonia
O prazer da convivência
No pesar e na alegria
Como exprimir tal amor
Não ser, nos versos, prolixo
Sintetizar tanto apreço
Como Deus no crucifixo?
Ser lacônico, entretanto
Sem desprezar a beleza
Sem ferir tanto encanto
Sem perder tal riqueza?
Este poder, já vos digo
Que tem tal dignidade
É a bênção do amigo
O amor da amizade!
Leopoldina, MG, 29 de maio de 2001.