SENHORA... SENHORITA



Hoje

Vi brotar no firmamento o melhor da espiga...

grãos cintilantes.

Regressei com alegria, à minha pátria vazia.

Voltei a olhar diversas vezes, como um nadador,

Entre segredos e espumas.

Tudo estava vazio... Mudo e decaído em minha vida.

Mas, uma dádiva dos céus,

Encheu a minha vida de encanto

E de beleza.

Senhora... senhorita

Cavalguei...

Debrucei-me no teu encanto

E, agora tudo palpita em mim.

Estou cheio de sonhos férteis

E vejo-te vestida de flores

Que apagaram a minha solidão

E a minha melancolia...

Como guerreira,

Atiraste uma flecha de aroma silvestres,

No meu pequeno bosque...

A doce prisão que resguarda teu universo,

Resplandece teu corpo sob os raios do sol...

E sinto-me molhado de mel,

De sementes musicais

De telas e trigo.