Sonata ao Luar

De olhos semi cerrados...

pela suavidade impar e abstrata

desta magnífica sonata

brindo ao luar a beleza que emana

da presença que lampeja e anuncia

bem aqui ao meu lado

enquanto se achega cheiroso,

aproxima-se, calmamente, calado...

mordisca um lóbulo, acaricia

enquanto todo o resto se arrepia

pois sabia que você vinha

nesta noite o prazer é dedilhar

é ver-te preparando devagar,

enquanto me ouves tocar

nosso vinho, nosso lugar...

é semear no florido terreiro

seu cheiro comigo a se misturar

e vir completo...sem paredes

sem fronteiras a separar

vestir-te em versos, devagar

despir-te pra mim, ver-me ruborizar

mas na beleza de tudo, muito amar

selar, registrar a aurora que anuncia

e nem distingue, nesse novo dia

quem é que dorme, se aninha

no amanhecer em harmonia.

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 18/09/2009
Código do texto: T1817931
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