Um punhado de beijos
Corpos se movendo incertos
Nas penumbras do poente
Seguem insistentes
Ansiosos por sobras
Labutaram imersos displicentes
Sem pensar na vertente
Que move suas almas esquálidas
Neste repulso indizível de tormento
Dia por dia seguem impensantes
De que dentro de si jazem adormecidos
Os maiores e mais belos sentimentos
Deixados dormentes por suas vidas frias
Enquanto se ocupam de outras
Que não são suas
Trocam sentimentos por sensações
Garimpadas em parcos momentos
Enquanto ganhariam uma vida
Se fossem capazes de parar por um instante
Olhar no fundo de seus olhos
Onde guardaram as chaves
Para abrir as portas do coração
E ter pelo resto de suas vidas
Muito mais...
Do que um punhado de beijos.