Amor sem paz.

A penumbra cai

Cobre lentamente meus horizontes

Mas eles continuam lá

Esperando cada passo

Medido nesse frio chão

Os ecos do silencio alucinam

A vertente aberta no coração

Esvai fielmente cada gota

Calidamente despejada

Atingindo ruidoso alarido

Rumo ao nada

Respiro fundo

O esforço do caminho não sinto mais

Minha alma solene se encaminha na paz

Onde todos os meus sonhos me levaram

De onde todas as minhas preces esperaram

E eu não cheguei.

Agora o desafio exige

Tiro do fundo uma batida a mais

Meu coração reclama e não sabe

Se todo teme ou nem sente

QUe dever seguir é diferente

De simplesmente existir

So sabe ele

Querer incessante

Porque minha boca sem beijo

FIca seca e amarga

E meu corpo sem perfume

Se perde no desvairio

De um sonho bom

Sem acordar jamais.

E ter de que viver sem paz.