Sim...

São nossos os desejos tão intensos

São teus os anseios e lamentos

São meus os mais fiéis pensamentos

Que se aprisionam e pressionam

Faz-se grades as paredes frias

Fazem-se sonhos

Tantas horas vadias

Era pouco o muito que sentias de mim

É muito o mundo que vagueio sem ti.

Na languidez que outros me veem

Nada sabem , nada entendem

Talvez a solidão traz a beleza

Faz-se femea, a felina grandeza

Deste ser, pequena mulher

Refaço-me entre vagas lembranças

Que teimosas serpenteiam em danças

A balançar a certeza de outrora

De em teus braços mergulhar

Minha proteção...meu barco em alto mar.

É chegada a hora de ver virar a fantasia

Se agora clamas por um coração...

Este, sempre fora teu

É chegada a hora,

Este amor sempre te pertenceu

Eu quis dar ouvidos ao tempo

Sábio e incansável senhor

Dos labores do nosso apogeu

Como negar que foste tu o escolhido ?

Como esquecer que teu sabor

Outrora incerto, era dividido ?

A espera não foi vã

E não foi em vão o meu amar

Sinto-te colado em minha lucidez

Vejo-te inquieto em meu pensar

Espero-te em louca embriaguez

Paixão e amor, juntos a caminhar.

Se me vires,

Atrevas-te a me encontrar

Que não me negarei em te encantar

E teu grito será um novo hino

Em meus braços a embalar

Uma nova canção a entoar

Confesso, quão boba fui !!!

E vejo que em loba me transformei

Rendendo-me em mil venturas

Me transfiguro pela graça de, enfim, nos amar !

Célia Matos
Enviado por Célia Matos em 14/06/2010
Código do texto: T2319701
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