Lembranças da ausência do amor
Senti um leve movimento
Que veio por cima
Balançou meus cabelos
E ansiei por seus beijos, carícias
Mas foi apenas uma brisa
Desejos de toda minha vida
Preenchidos por este sopro
Companheira da minha solidão
Amiga da minha redenção
Sua ausência seria minha saída?
Brisa que não me aquece
Não me acende, esfria
Não me distrai, estremece
Rouba-me verdadeira companhia
Ausente, fujo do recente
Sorrindo lembro-me do pretérito
Este que atravessa meu pensamento
Seria este meu legado?
Recordar apenas o que foi em outro tempo?
Presente para um solitário!
Lembranças da ausência do amor
O ardor que nunca existiu
Dos versos bonitos, apenas quimera
Fantasiados por uma mente que espera
Que se torne real tudo aquilo que escreveu!
Publicado Jornal da cidade de Assis "Diário de Assis".