ENTRE LAÇOS E ABRAÇOS

De mim estás tão longe,

Vem sentar-te aqui perto de mim

Tenho o desejo maior do que de um monge

De matar esta saudade sem fim.

Sei vás para bem distante

Quero ver

Se ainda te lembrarás deste amante,

Porém sei que na tua mão acariciante

Inda existe o perfume que sempre sinto.

Não vás para tão distante,

Sinto medo

Do silêncio pesado que me avassala

Como louco me sinto, sinto-me um arremedo

Sem a tua voz, amor, que agora se cala!

Se vás para tão distante

Beija-me pela última vez ardentemente,

Mas, que esta distância seja curto espaço

Que entre nós dois, seja sim,

Um simples embaraço,

E que nunca nosso amor,

Se transforme em tédio e cansaço,

Ao contrário, seja sempre conveniente

No entrelaço de meu grande abraço.